arranquei algumas palavras do esôfago
rasgando a faringe
afago
trancado
perdido
como poeira presa na traquéia
algum eu te amo nunca dito
queimando na boca do estômago
preso na caixa torácica
com
coração ácido e enzimas
o fígado apoiado em cacos
suco gástrico
afago
trancado
perdido
nas trevas dos intestinos
algum eu te amo nunca dito
se perde com a mucosa
desce reto acima
e
foge pela boca morta
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
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2 comentários:
de descarga depois
O poeta com gastrite.
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